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A IA é a tua escrava, mas pede inteligência humana


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A compreensão dos negócios foi essencial para o desenvolvimento da IA, pois consolidou a ideia de que ela deve servir a propósitos humanos — e não excluir pessoas.


A Inteligência Artificial (IA) já não é novidade alguma. Mas o caminho até aqui foi longo. Desde as ideias de “máquinas pensantes” nos anos 1940 e 1950, passando pelo “inverno da IA” (1970–1980) e o surgimento do aprendizado de máquinas e das redes neurais (1990–2010), foram mais de sete décadas de avanços que culminaram na era dos modelos generativos de hoje.


Essa trajetória foi além dos fundamentos da computação. O verdadeiro salto ocorreu quando a IA saiu dos laboratórios e encontrou valor econômico no mundo real. A compreensão dos negócios foi essencial, pois consolidou a ideia de que a IA deve servir a propósitos humanos — e não excluir pessoas.


Ainda assim, persiste um descompasso entre o potencial tecnológico da IA e seu uso estratégico. Muitas empresas ainda a veem apenas como ferramenta técnica, e não como recurso de diferenciação competitiva. Paradoxalmente, mesmo com tamanha sofisticação, a IA segue subutilizada em sua dimensão mais transformadora.


A tecnologia oferece gestão mais racional e geração de insights preditivos, por isso, muitas empresas têm buscado estruturar seus negócios em torno da IA — tornando-se dependentes dela para operar e até existir. Companhias como OpenAI, Tesla e Google exemplificam essa tendência, mas mesmo assim usam a IA como meio estratégico, não como fim.


A visão mais madura é entender que a IA é uma ferramenta capaz de potencializar o que há de mais valioso nas organizações: seus propósitos. Colocar a IA a serviço dos objetivos corporativos é muito diferente de submeter os objetivos institucionais ao que a tecnologia oferece. A IA não possui autonomia para ditar governança; é treinada para executar tarefas. Mesmo com todo seu potencial preditivo, não decide.


A tecnologia, portanto, não deve sobrepor os propósitos corporativos, que vão além de lucros imediatos levados pela racionalidade. Seguir apenas o mercado, cada vez mais dominado por quem controla a tecnologia, é um risco. Afinal, tecnologia se compra; talento se desenvolve — e essa é a diferença entre empresas que criam valor e as que apenas seguem a corrente.


No horizonte, a IA caminha rumo a modelos quânticos, ampliando sua capacidade de aprendizado. No entanto, sua autenticidade e potencial dependerão de um novo desafio: o de equilibrar inovação e segurança, onde mitigar riscos de manipulação é condição para um futuro ético e desejável. Não tema a IA — desconfie de quem a conduz.


Fundamentos básicos:


• A IA é poderosa, mas não é consciente.


• Processa dados, mas não compreende significados.


• Identifica padrões e faz previsões, mas não entende o porquê das coisas.


• Só a intuição humana percebe conexões além dos dados.


• O talento humano cria o novo — a IA apenas replica padrões.


• A intuição humana orienta o julgamento ético — a IA não possui consciência moral.


Promova a capacidade humana. Desenvolva talentos para alinhados a propósitos. A IA autêntica depende de propósito humano.

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