Motivação e entusiasmo na nova cultura corporativa e na vida privada. Como fugir das banalidades.
- VECTOR Consultants - E.Moreno
- 17 de dez. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 19 de mar. de 2021
A motivação nos move, o entusiasmo nos dá o ritmo da caminhada.

Motivação e entusiasmo
Se os dois estados de espírito se semelham, etimologicamente parecem distintos. Motivação vem do Latim (movere) e entusiasmo, do Grego (enthousiasmos). O entusiasmo surgiu como um preceito religioso (inspiração divina), o que remetia à fé em determinadas doutrinas ou orientações para a vida e, consequentemente, a sua caminhada. Podemos dar o sentido mais conveniente para cada um de nós, mas Sócrates nos alertou sobre algo que faz muito sentido: “Tome cuidado com o vazio de uma vida ocupada demais”. Para refletir, o quando a motivação nos ocupa em movimentos e o quanto perseguimos os objetivos que dão sentido (que nos inspiram) de participar da vida de uma organização? Quanto que nos dedicamos a atingir metas e quanto que nos dedicamos a objetivos estratégicos e construir carreira?
Hoje, falar em motivação (e mesmo em entusiasmo) parece suficiente para levar à imaginação de que aqui (neste texto) vai um pouco mais do mesmo. Dos antigos e bastante surrados conceitos que envolvem os desafios das empresas de elevar a motivação e o moral de suas equipes, especialmente diante de momentos de crises como esse que estamos vivendo. Sim, é verdade que ninguém motiva ninguém, pois motivação é coisa íntima e dependente de valores e interesses de cada um. Mas, estimular a motivação é possível e necessário. Se existem fatores desmotivadores, como o excesso de burocracia, reduzida cultura ao conhecimento, insuficiência de recursos, baixo nível de reconhecimento etc., que reduzem o interesse das pessoas em dar o melhor de si para alcançar objetivos e resultados, também podemos criar ambientes e elementos chave à elevação moral e motivacional das equipes, de forma a causar prazer em trabalhar e produzir.
No entanto, caminhos efetivos para equipes motivadas são ainda um grande desafio para muitas empresas. Assim, muito delas são levadas à tentação de adotar práticas de intervenção pontuais de “motivação” sem levar em conta o que de fato leva as pessoas a se engajar aos objetivos operacionais e estratégicos das organizações. É relativamente comum a crença de que a motivação depende de técnicas, das práticas e dos modelos de intervenção, tais como orientação ao comportamento de grupos, estímulo à interação entre os membros da equipe, da gestão de conflitos e de arrastos de “lideranças” que visem estimular as equipes ao cumprimento de metas e objetivos definidos.
Assim, são comuns práticas ou políticas de "motivação", baseadas nas famigeradas reuniões motivacionais, discursos eloquentes e mesmo gritos de guerra etc que buscam empolgar pessoas, mas que não servem como vetor de resultados duradouros. Tudo alheio aos bons exemplos de que a empolgação é traiçoeira, por ser “irmã da decepção e prima do arrependimento (Ihguerra)”, visto que as emoções precisam de um mínimo de racionalidade.
Nesse sentido, as práticas que visam à motivação de pessoas e equipes não podem ser usadas como panaceia para resultados ou receituários herméticos de motivação. Os processos e políticas motivacionais não podem ser guiados pela "motivação Kamikaze" (contundência e sucumbência), onde os interesses nem sempre são mútuos e genuínos.
A motivação autêntica depende de relações duradouras e propósitos mútuos e genuínos. Só assim é possível se pensar em resultados efetivos das empresas e de seus profissionais, onde a criatividade e a inovação são essenciais para se estabelecer um ambiente de elevada motivação das para o alcance dos melhores resultados, especialmente nas adversidades.
O que se estabelece hoje é uma nova cultura corporativa para resultados (especialmente diante dos desafios de se superar adversidades); o que significa a adoção de um planejamento participativo que permita potencializar resultados, com o estabelecimento de programas de desenvolvimento de competências e habilidades, definição de metas, métricas e tudo o que faz parte da chamada gestão corporativa por resultados. Isso, na prática, representa um conjunto de hábitos e comportamentos que surgem organicamente em torno dos objetivos e desafios de uma empresa e que, necessariamente, levam em conta as oportunidades e interesses dos colaboradores no planejamento e construção de suas carreiras.
O orgulho de fazer parte de uma equipe ou empresa pode medir o quanto há motivação e entusiasmo de se perseguir objetivos estratégicos e elevar expectativas pessoais. Sem propósito não motivação e muito menos entusiasmo. Motivação e entusiasmo nas empresas dependem menos de técnicas e muito mais de cultura. Texto adaptado do autor: Caminhos para a ascensão de carreira e impulsionamento dos negócios em tempos adversos. #RH #vencendoacrise #motivação #gestãodepessoas #rh #carreira #superação #crise

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